segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

December’s Metal Fest [Cangaço] (Bomber Rock Bar, 18/12/10)

Essa resenha foi postada originalmente no Recife Metal Law. Contudo, resolvi postar aqui com o intuito de servir como "registro histórico" - até porque o evento ocorreu há mais de dois meses. Bem, o texto foi criado meio nas pressas, visto que só assisti dois shows do evento e não tinha pretensão de resenhá-lo. Até que, alguns dias depois, o Valterlir Mendes (webmaster do Recife Metal Law) pediu para que eu tentasse escrever algo... e saiu isso aí. :P



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Após o thrash metal reto e visceral do "Cruor" surge, apresentando seu death metal intricado, a quarta banda da noite: o Cangaço. Este trio, sempre se destacando pelo “traje regional”, demorou um pouco para ajustar os equipamentos, mas conseguiu empolgar a plateia até durante a passagem de som - com direito a "Gojira" (!). 

A apresentação teve início com “Positivo”, canção inédita cuja letra em português - única até o momento - encaixou-se bem na sonoridade da banda. Logo em seguida o grupo continuou com - em minha opinião - uma de suas melhores músicas: “Corpus Alienum”, música que abre a Demo “Parabelo” e, além de sintetizar o som da banda, possui interessantes trocas de vocais entre Rafael Cadena (guitarra) e Magno Lima (baixo). 

Nessa altura a presença de palco dos integrantes e domínio sobre o ambiente/plateia já chamavam minha atenção. Durante a primeira pausa Magno aproveita pra anunciar a canção mais antiga da banda, pertencente à época de sua antiga banda (Vectrus). A linha de baixo marcante, acompanhada do riff anuncia “Ghost of Blood”. Essa música talvez seja a mais Death Metal do grupo, e “danificou um pouco” - no bom sentido - o ambiente. A próxima pausa serviu para Magno parabenizar e convidar o vocalista - e aniversariante - Alcides Burn para a brutal versão de “Devious Instinct” do Monstrosity. Versão esta que fez jus a original: bateria e riffs afiadíssimos garantiram uma ótima performance homenageando não só Alcides, mas uma banda que poderia ter sido mais reconhecida (Monstrosity). 

Destaco os agradecimentos do Magno para os veículos de mídia (websites, blogs, zines, etc.), foi um agradecimento bem inesperado naquele momento. Logo em seguida o grupo ataca com a ótima “Status Variabilis”, garantindo um dos maiores momentos de empolgação do público. A próxima canção foi a já clássica “Device of Astrals”. Essa música dispensa comentários, só sua introdução é de fazer cair o queixo. Para desfecho do evento houve uma incrível homenagem ao mestre Chuck Schuldiner com uma  versão para “The Philosopher”. Confesso que quando vi Rafael iniciar o famoso tema em tapping de abertura fiquei muito surpreso - não imaginava a execução dessa canção - e ela caiu muito bem para a banda, levando ainda em conta que o estilo de Magno Lima assemelha-se ao de Steve DiGiorgio. Chuck ficaria honrado. Curiosamente o show do grupo era previsto para abrir O evento, mas com o sorteio - decidido de última hora pelas bandas - a banda acabou sendo a penúltima do evento. Mais sorteios introduziriam o show do Subinfected...

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