Mudanças na sonoridade foram uma constante nas bandas da década de 70. Naqueles anos, a maioria dos grupos de rock pareciam inovar e, também, investir em novas fusões musicais. Com os ingleses do UFO, a coisa não fora muito diferente: seu vindouro terceiro álbum, 'Phenomenon', marcaria pela inserção (definitiva, diga-se de passagem) ao hard rock/heavy metal clássico – em oposição ao tom psicodélico de seus dois primeiros trabalhos: UFO, de 1970, e UFO 2 (1972).
A começar pelo ingresso do guitarrista alemão Michael Schenker (ex-Scorpions) e, inclusive, passando por uma gravadora maior (a Chrysalis): 'Phenomenon' prometia novos ares. Desde a introdução – com a breve "Oh My" –, os elementos de rock n' roll já mostravam-se claros. Nos vocais, Phil Mogg entrega uma performance carismática e energética, no entanto, são as guitarras de Schenker que, definitivamente, empurram o UFO para o território visceral do hard rock – fato que, de acordo com a audição do disco, apenas se comprova.
Renunciando a velocidade de outrora, a balada "Crystal Light" exibe uma faceta mais acessível – aqui, Mogg interpreta a letra dramática de forma bela, sucinta. Tendo autoria da faixa dividida com o vocalista, Schenker (a dupla divide a autoria de quase todas as faixas da obra, a propósito) traz influências e elementos que caracterizaram o início de sua banda original, o Scorpions. Eis que, em seguida, dois clássicos de 'Phenomenon' – e, porquê não, do rock n' roll – surgem em sequência: "Doctor, Doctor" e "Rock Bottom"
A começar pelo ingresso do guitarrista alemão Michael Schenker (ex-Scorpions) e, inclusive, passando por uma gravadora maior (a Chrysalis): 'Phenomenon' prometia novos ares. Desde a introdução – com a breve "Oh My" –, os elementos de rock n' roll já mostravam-se claros. Nos vocais, Phil Mogg entrega uma performance carismática e energética, no entanto, são as guitarras de Schenker que, definitivamente, empurram o UFO para o território visceral do hard rock – fato que, de acordo com a audição do disco, apenas se comprova.
Renunciando a velocidade de outrora, a balada "Crystal Light" exibe uma faceta mais acessível – aqui, Mogg interpreta a letra dramática de forma bela, sucinta. Tendo autoria da faixa dividida com o vocalista, Schenker (a dupla divide a autoria de quase todas as faixas da obra, a propósito) traz influências e elementos que caracterizaram o início de sua banda original, o Scorpions. Eis que, em seguida, dois clássicos de 'Phenomenon' – e, porquê não, do rock n' roll – surgem em sequência: "Doctor, Doctor" e "Rock Bottom"
Em sequência, "Space Child" traz de volta o clima cadenciado e, até certo ponto, acústico. Neste ponto, vale a pena citar o incrível trabalho da cozinha formada por Peter Way (baixo) e Andy Parker (bateria) que seguram as pontas para os solos de Schenker – incrível como o músico, mesmo sendo novato, conseguira tanto espaço no UFO.
O rock n' roll mais inocente (no sentido de menos visceral, claro) dá as caras na simpática "To Young To Know" onde, adivinhem, Michael Schenker rouba atenção para si. Em seguida, "Time on My Hands" traz o clima 'baladeiro' e nos faz refletir se, de fato, há baladas em excesso no disco. Sim, há. No entanto, elas são tão boas que não comprometem a audição do trabalho.
Fechando o disco, "Built For Comfort" regressa com elementos roqueiros clássicos enquanto "Lipstick Traces" é a jóia rara do disco: uma pequena e bela composição instrumental. A conclusão, de fato, fica por conta da excelente "Queen Of The Deep" que, sem dúvidas, mostra toda a banda em extrema competência: desde as linhas de Pete Way aos vocais de Phil Mogg – tudo é equilibrado, conciso.
No geral, 'Phenomenon' é um disco de audição extremamente fácil; as faixas são curtas, em sua maioria, e envolventes. O resultado fora uma exposição ainda maior do UFO que, na época, chamou atenção com a mudança apresentada neste registro.
Contando com menos de 40 minutos de duração, é difícil o ouvinte sair entediado. Ou seja, um clássico e que, sem dúvidas, não deve ser ignorado – seja você fã de rock n' roll ou heavy metal. Além de composições excelentes, o disco também mostra o auge de um dos maiores guitarristas do heavy metal, Michael Schenker. Infelizmente, a passagem do músico não foi duradoura, mas aí já é outra história...
Músicas-chave:
"Doctor, Doctor" ; "Space Child" ; "Queen of the Deep"
Formação:
Phil Mogg – vocais
Michael Schenker – guitarra
Pete Way – baixo
Andy Parker – bateria
01. Oh My - 2:26
02. Crystal - 3:47
03. Doctor Doctor - 4:10
04. Space Child - 4:01
05. Rock Bottom - 6:32
06. Too Young to Know - 3:10
07. Time on My HandS - 4:10
08 Built for Comfort - 3:01
09. Lipstick Traces- 2:20
10. Queen of the Deep - 5:49
Ouvindo o álbum aqui enquanto leio, e que coisa linda, não tem como não gostar, todas as músicas são perfeitas. Lembro até hoje quando o Igor me indicou e curti na primeira ouvida, já de cara viciei em Time On My Hands, ouvia vezes seguidas, mas não deixava de ouvir o resto do álbum.
ResponderExcluirEsse álbum é monstrão! Da pra sacar fácil que o Iron Maiden teve influência !
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