quinta-feira, 25 de abril de 2013

Entrevista - Vítor Rodrigues: apresentando o Voodoopriest

Mais de dez anos sob o comando dos microfones do Torture Squad.  O vocalista Vítor Rodrigues surpreendera ao abandonar, em 2012, seu cargo na icônica banda de thrash/death metal paulista. No entanto, surpreendera ainda mais ao anunciar, alguns meses depois, seu mais novo projeto: o Voodoopriest. 
Formado por músicos conhecidos na cena heavy metal e hardcore paulista, a banda tem como proposta principal a fusão de elementos clássicos do metal com as características mais extremas do gênero. Como resultado do primeiro encontro, a banda lança um EP homônimo cuja venda foi disponibilizada, principalmente, pela internet. 


Com cinco faixas, o trabalho mostra os primeiros passos da banda que, além dos vocais de Rodrigues, conta com os músicos César Covero (guitarra), Renato De Luccas (guitarra), Bruno Pompeo (baixo) e Edu Nicolini (bateria). Para conhecer mais da proposta do Voodoopriest, conversei com o vocalista Vítor Rodrigues. Confira abaixo.



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Hangover-Music: O marketing para divulgação do EP tem sido bem trabalhado, incluindo divulgação de making of e venda de mp3. Como a banda trabalha nesse aspecto?

Vítor Rodrigues: Estamos trabalhando duro e aproveitando o que a tecnologia nos oferece. Acredito que a internet é uma poderosa ferramenta de divulgação, atualmente, para quem quiser que seu trabalho tenha uma alcance maior. O mundo ficou muito menor após o advento da internet.


HM: O Voodoopriest foi concebido  recentemente e, em sua formação, inclui músicos com currículo vasto. Por conta disso, muitos têm definido a banda como um 'supergrupo'.  Qual a sua opinião sobre isso?

VR: Ficamos honrados com esse status de ‘supergrupo’, mas estamos focados na composição das músicas e, também, em fazer shows energéticos e poderosos para o público. Talvez, o fato do Voodoopriest agregar músicos talentosos e com uma grande bagagem musical, define o porquê de sermos chamados de ‘supergrupo’. É uma honra e agradecemos, mas em nenhum momento passa pelas nossas cabeças esse tipo de status.

Vitor Rodrigues

" O som é esse e como todos têm o seu estilo pré-determinado, não creio que iremos mudar muito. A base é o thrash metal, mas orbitando temos o death, o doom, o heavy e outros estilos mais pesados aliados a experimentações musicais fora do âmbito do metal (...)"


HM: Ainda nesse campo, como se deu a formação da banda?

VR: Bem, após o anúncio da minha saída do Torture Squad, recebi muitas palavras de apoio dos fãs e convites para integrar determinadas bandas. Junto a isso, vários músicos me mandaram material. Um deles foi o César Covero, e mais tarde o Renato De Luccas, que após ser escolhido para tocar no Voodoopriest, chamou o Bruno Pompeo para o baixo. Na bateria, o Marcos D'Ângelo, do Claustrofobia, me deu um toque sobre o Edu Nicolini . Então entrei em contato com ele e a formação estava pronta.


HM: Por conta da sua presença, é natural pensar na sua trajetória com o Torture Squad reflita na música. Mas desde "Reborn" (primeiro single divulgado), fica evidente um novo direcionamento. Como vocês definem o som praticado pela banda?

VR: Olha, diria que é normal ter uma influência do Torture Squad. Mas, ela é diluída com outras influências musicais que os caras estão trazendo ao Voodoopriest. Isso torna o som mais personalizado e detentor de uma característica única. A junção de cada influência, de cada timbre dos instrumentos e a forma como tocam é o que dá a tônica nas composições e moldam o nosso estilo. 





"Temos muito material a ser lapidado, mas no momento estamos focados na divulgação do EP homônimo."


HM: Dentro dessa proposta, você acha que o Vooodoopriest soa único?

VR: Soa único pelo o que falei antes: o som é esse e como todos têm o seu estilo pré-determinado, não creio que iremos mudar muito. A base é o thrash metal, mas orbitando temos o death, o doom, o heavy e outros estilos mais pesados aliados a experimentações musicais fora do âmbito do metal, mas que não denigrem ou mudem a proposta do estilo e, claro, a personalidade sonora do Voodoopriest.


HM: Aproveitando, como as músicas vêm sendo compostas e trabalhadas?

VR: Todos na banda compõem e isso é muito gratificante. Alguém vem com uma ideia pronta, na maioria das vezes com a música pronta, e vamos acrescentando ideias ou mudando certas partes conforme o nosso feeling.  Temos muito material a ser lapidado, mas no momento estamos focados na divulgação do EP homônimo.


HM: Como vem sendo a recepção do público com este material?

VR: A repercussão está sendo extremamente satisfatória. Diria que, com toda a certeza, superou todas as nossas expectativas! Mesmo com apenas três shows feitos, nota-se um feedback muito bom das pessoas.



"Queremos fazer o nome do Voodoopriest primeiro aqui no Brasil. Firmar mesmo, e depois pensar no mercado internacional. "


HM: Conte-me um pouco sobre esses primeiros shows. 

VR: Nossa estreia aconteceu no festival Otacílio Rock Fest, na cidade de Otacílio Costa - SC. Recentemente estreamos em São Paulo, no Hangar 110, ao lado do Command6 e Hatematter. A expectativa é sempre a melhor, queremos detonar ao vivo e fazer as pessoas curtirem o show, ou seja, queremos voodoozar! (risos)


HM: Pelo fato da banda ter poucas composições, imagino que alguns covers  serão tocados. Pode adiantar alguma coisa do que está rolando no repertório?

VR: Sim, como temos cinco músicas lançadas oficialmente, temos que acrescentar alguns covers. No momento, não revelamos porque o segredo é a alma do negócio! Mas com os shows sendo realizados, não será surpresa nenhuma os headbangers saberem o que iremos tocar.





HM: Hoje, o que vocês anseiam para o futuro Voodoopriest?

VR: Queremos fazer o nome do Voodoopriest primeiro aqui no Brasil. Firmar mesmo, e depois pensar no mercado internacional. Obviamente, se surgir boas propostas, com certeza veremos o que é melhor pra banda.  Na verdade, queremos cair é na estrada e “voodoozar”  tudo e a todos. (risos)

HM: Por fim, o que o peso da experiência do currículo pode significar pra banda? Digo, sob aspectos positivos e negativos.

VR: Negativos... nenhum. Para mim só há aspectos positivos, como a bagagem musical na hora de compor, uma maior tranquilidade no palco, como melhor direcionar sua atenção e focalizá-la da melhor maneira possível. Enfim, o peso da experiência só vem a somar, ajudando para que o show seja um espetáculo. Agradeço a oportunidade e apoio ao Voodoopriest.

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Um comentário:

  1. Curti pra caramba essa Reborn, peso e técnica no "ponto certo", Vitor mandando bem pra caramba. Espero que divulguem mais musicas pra ver como vai ficando.

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