Ano de lançamento: 2012
Glitter Magic. Ao me deparar com este nome logo mentalizei uma banda assumidamente glam ou, em outras palavras, um grupo bem farofa; enfim, com aquela sonoridade típica e, por vezes, exagerada tão comum as bandas populares dos anos 80.
Curiosamente,
após ouvir o disco descobri que o título trata-se, na verdade, de um
trocadilho com a faixa "Black Magic", do clássico disco de estréia dos
americanos do Slayer.
Quanto a sonoridade, eu não errei totalmente; o som dos mineiros de Juiz de Fora bebe da fonte do hard oitentista, mas as influências atípicas ao gênero são tão fortes que conferem uma identidade, uma diferenciação ao Glitter Magic.
Por exemplo, logo de início o peso da faixa de abertura ("Bad for Health") me surpreendeu positivamente, pois o direcionamento da banda vai além a um revival de clichês - sinceramente, era o que eu esperava -, soando moderno, agressivo e, ainda assim, bem acessível.
O álbum segue adiante com o riff bem "van-halístico" de "The Dreamer's Disease" que demonstra um peso ainda maior que a música anterior. Além dos riffs, destaca-se o refrão que, seguindo a escola das bandas de hard, é bem grudento e melódico. As harmonias vocais capitaneadas por Rhee Charles são bem interessantes e se sobressaem também na próxima faixa ("Don't"), a propósito.
A moderna "Snake Blood" apesar de não ser uma balada, possui uma letra adequada para tal. Aliás, hard e baladas são uma associação básica, certo? A primeira delas vem logo adiante: "Heal Me" é interessante, porém "Living on Addiction" (oitava faixa) roubou mais minha atenção. Ambas as músicas contam com boas adições de instrumentos externos, como teclados e violinos.
Indo numa direção contrária, temos as faixas "Breathless" - contando com um riff bem pesado - e, encerrando o disco, a agressiva "Daring the Dawn". Aqui devo salientar que a produção do álbum é ótima e contribui para notarmos as nuances das composições desse disco que fora produzido em solo brasileiro com mixagem de um dos integrantes da banda, o guitarrista Mauri Moore. Além dessa, "Bad for Health" ainda contou com mixagem externa realizada pelo músico sueco Jerry Torstensson (Draconian). Outro detalhe digno de empenho profissional é o trabalho de arte do disco, pois tudo foi muito bem feito. Realmente um trabalho que chama a atenção em um debute.
Completam o álbum as melódicas "Loveproof", com um ótimo solo de guitarra e, possuindo guitarras em evidência, "Amnesia".
Em suma, um trabalho de fácil audição (média de quatro minutos nas suas dez faixas) que chama atenção pelo esmero e acessibilidade. A pretensão do álbum não é reiventar a roda; entretanto, espero que, futuramente, a banda domine mais sua mistura e que isso se reflita em um novo trabalho ainda mais diversificado, coeso e marcante que este. Sim, evoluir positivamente nunca é demais e espero ainda mais qualidade para o próximo lançamento.
No fim das contas, "Bad for Health" é bom disco de estréia e que, inclusive, está rendendo ótimos resultados a banda, principalmente, fora do Brasil - os caras já assinaram com selos estrangeiros, aliás. Bem, é curioso que esse ainda tenha de ser o primeiro passo para uma valorização nacional...
Formação:
Rhee Charles – vocais
Mauri Moore – guitarra
Luqui Di Falco – guitarra
Glux – baixo
Andy Ravel – bateria
Rhee Charles – vocais
Mauri Moore – guitarra
Luqui Di Falco – guitarra
Glux – baixo
Andy Ravel – bateria
01. Bad for Health
02. The Dreamer's Disease
03. Don't
04. Snake Blood
05. Heal Me
06. Breathless
07. Amnesia
08. Living on Addiction
09. Love Proof
10. Daring the Dawn
Contatos:
http://www.myspace.com/glittermagic
http://www.reverbnation.com/glittermagicofficial
Também pode ser vista em:
http://www.sertaometal.com/b-res_unt.php?cod_cat=5
Muito bem produzido o album dos caras, e as musicas tambem muito bem construídas. Um "hard moderno" bastante interessante, só acho que falta trabalha um pouco mais a "diferenciação" das musicas. Em um certo momento começaram a ficar parecidas, nao sei se seria as linhas vocais, ou riffs de guitarra, mas falta alguma coisa ainda pra deixá-las cada uma com sua cara.
ResponderExcluirNo geral, muito bom, capacidade e criatividade os caras tem demais.