O ato de entrevistar, ao meu ver, constitui a principal diretriz da atividade jornalística e, tenho de admitir, poucos verbos — comuns a essa prática — me agradam tanto como entrevistar.
Apesar das técnicas aprendidas, de uma possível experiência em trabalhos passados e do planejamento envolvido, ainda há um fator crucial para o sucesso de uma entrevista: o entrevistado, claro. Para minha sorte enquanto ouvinte e entrevistador, seja através de sua carreira na música instrumental — onde, além dos seus trabalhos solo, foi personagem do icônico disco do Quarteto Novo, de 1967 — , por meio de suas inúmeras contribuições musicais (foram tantas que a sua memória, às vezes, o trai, admitiu) ou apenas colaborando com esta simples entrevista, o humilde multi-instrumentista pernambucano se sobressai.
Conhecido por, em conjunto com suas estimadas guitarras, ter quebrado as barreiras tradicionais ao jazz americano — adicionando, assim, um sotaque nordestino — , Heraldo do Monte é considerado, por muitos, um verdadeiro mestre. Entretanto, o instrumentista, de 77 anos, ainda demonstra certa timidez com a alcunha e diz que cumprira seu sonho como músico há muitos anos — quando, finalmente, tornou-se um guitarrista de orquestra em São Paulo (cidade onde vive atualmente).
Na conversa abaixo, tentei abordar tópicos comuns a (extensa) carreira de Heraldo, de modo que a entrevista atingisse tanto os fãs de longa data quanto quem desconhece a obra do músico recifense. Aproveitem.
Hangover-Music: Heraldo, o senhor é um instrumentista que, ao longo de sua carreira, sempre colaborou — em gravações — com músicos das mais variadas vertentes. Do início dos anos 70 até o presente, seu nome segue vivo, lembrado e requisitado. Enfim, como foi seu maior período de experiências em estúdio?
Heraldo do Monte: Fui de uma categoria chamada músico de estúdio, por longos anos. Aqui em São Paulo éramos Amilson Godoy, Claudio Bertrami, Dirceu Medeiros, eu, e Gabriel Bahalis. Além desses, haviam poucos outros. A indústria de gravações estava numa época de ouro — anos 60/70 — e poucos músicos davam conta da exigência de leitura, disciplina, etc. Para ter uma ideia, falando de guitarra, se Poli (Ângelo Apolônio), Boneka (Luís Andrade) e eu saíssemos de São Paulo por uma semana, a indústria pararia para esperar por nós — tal era a falta de músicos preparados (em relação ao número de gravações). Gravávamos de manhã, de tarde, de madrugada e, na manhã seguinte, recomeçávamos dia após dia, ano após ano! Com o passar do tempo, acabamos esquecendo com quem trabalhamos. Digamos que isso provoca uma diferença radical no enfoque entre os cantores e nós — instrumentistas. Para o vocalista, esse é o registro dele, único. Consequentemente, ele lembra de cada detalhe, é claro!
HM: Há alguma história, em particular, envolvendo algum 'esquecimento'?
HdM: Uma vez eu encontrei com o saudoso Noite Ilustrada, no aeroporto de Congonhas, e ele veio falando: "que linda introdução você fez naquela música, lembra?", disse eufórico. Eu apenas respondi com um tímido obrigado. Claro, não lembrava sequer se tinha gravado com ele ou não! O álbum do cantor pernambucano Di Melo, por exemplo, é dessa época e "sofre" das mesmas condições dos outros. Aliás, falo francamente disso no documentário dele¹; afinal, não temos culpa de trabalhar tanto!
¹O documentário "Di Melo: O Imorrível" foi lançado no começo desse ano.
HdM: Uma vez eu encontrei com o saudoso Noite Ilustrada, no aeroporto de Congonhas, e ele veio falando: "que linda introdução você fez naquela música, lembra?", disse eufórico. Eu apenas respondi com um tímido obrigado. Claro, não lembrava sequer se tinha gravado com ele ou não! O álbum do cantor pernambucano Di Melo, por exemplo, é dessa época e "sofre" das mesmas condições dos outros. Aliás, falo francamente disso no documentário dele¹; afinal, não temos culpa de trabalhar tanto!
¹O documentário "Di Melo: O Imorrível" foi lançado no começo desse ano.
HM: Apesar de possuir uma história maior na música instrumental e nas gravações em estúdio — como já dito — , você acompanhou, no palco, artistas como Elis Regina e Lenine. Nesses casos de acompanhamento, de que forma você enxerga o papel do instrumentista?
HdM: Ah, acompanhar cantores é uma arte dentro da arte. Nós, instrumentistas, temos que nos preocupar com os mínimos detalhes. Detalhes que vão desde o volume do seu instrumento, a deixar ouvido atento para a performance do cantor ou solista. É recomendável, até mesmo, evitar se mexer demais no palco — para não roubar a atenção para você!
HdM: Ah, acompanhar cantores é uma arte dentro da arte. Nós, instrumentistas, temos que nos preocupar com os mínimos detalhes. Detalhes que vão desde o volume do seu instrumento, a deixar ouvido atento para a performance do cantor ou solista. É recomendável, até mesmo, evitar se mexer demais no palco — para não roubar a atenção para você!
Quarteto Novo (Hermeto Pascoal, Theo de Barros, Airto Moreira, Heraldo do Monte - na extrema direita) e Geraldo Vandré |
"Como essas 'novidades' já foram assimiladas e integradas, com o tempo, à musica brasileira, nós — ex-membros do Quarteto Novo — não somos lembrados mais pelo aspecto do pioneirismo. Hoje em dia, normalmente, recordam apenas pela qualidade dos músicos".
HM: Já que toquei no assunto da música instrumental... tenho que perguntar sobre o seu período com o Quarteto Novo. Mais
de 40 anos separam o debute do clássico álbum homônimo — lançado em 1967, exatamente — da época
atual. O disco, mesmo após todo esse tempo, segue relevante e idolatrado por
muitos. Em sua opinião, o que mantém a música do Quarteto viva por todo esse
tempo? Quando o álbum foi produzido, o
que vocês imaginavam reservado a ele no futuro?
HdM: Mais de 40 anos de Quarteto Novo! Acredito que chegamos na época certa. Algumas coisas já estavam na frente dos músicos, mas eles não conseguiam ver. Então, abrimos algumas portas: o primeiro uníssono gravado de viola matuta e flauta, por exemplo; ou a primeira caveira de burro usada como percussão na música popular brasileira, digamos. Coisas desse tipo! Porém, o mais importante foi a descoberta de uma linguagem de improvisação nordestina e brasileira baseada em repentistas, bandas de pífanos, etc. Ressalto que nada disso faria efeito se fosse proposto por um grupo de músicos ruins, honestamente. Para sorte dos ouvintes, não foi o caso. Como essas 'novidades' já foram assimiladas e integradas, com o tempo, à musica brasileira, não somos lembrados mais pelo aspecto do pioneirismo. Hoje em dia, normalmente, recordam apenas pela qualidade dos músicos.
HM: Levando em conta os aspectos da composição, o que você poderia dizer sobre a faixa, originalmente creditada ao senhor, intitulada “Síntese” ?
HdM: Deixe eu contar uma história: quando o Quarteto fechou os ensaios para o disco, "descobrimos" que não havia composição minha. Bem, eles resolveram forçar a barra e me dar uma. Eu protestei, com raiva até, mas a votação resultou em três votos contra um (meu). Hermeto tocava "Síntese" (dele!) desde que trabalhamos na extinta Boite Delfim Verde, em Boa Viagem, Recife. Sempre que toco "Síntese", digo o nome do verdadeiro compositor: Hermeto Pascoal!
Heraldo durante o Santos Jazz Festival de 2012 Foto: Fred Cappellato |
"Quem
ouviu algum de meus discos nota que sou muitos músicos em um só. Posso
garantir que sou sincero; todos eles sou eu e não personas criadas,
separadas".
HM: O que normalmente é respondido quanto alguém te propõe uma reunião do Quarteto Novo?
HdM: A cada um ou dois meses, alguém me liga para reunir, em uma série de eventos, o Quarteto Novo. Mas são meros idealistas, não tem dinheiro e planejamento para arcar com os custos de coisas básicas de uma turnê — como a passagem do Airto Moreira (residente nos Estados Unidos), nossos cachês, etc.
HM: A música instrumental, normalmente, é vinculada a "música pela arte", pois o retorno, financeiro, geralmente é muito pequeno. Que conselho você daria para músicos que pretendam se aventurar nesses caminhos?
HdM: Sua pergunta diz tudo! Bem, as pessoas decidem entre as seguintes opções: uma conta bancária cheia, sucesso de um a dez anos e esquecimento — a conta acaba; uma conta altamente flutuante, respeitado e admirado por uma elite durante muitos anos — a conta, também, acaba. Seja qual for a opção, depende de talento, simpatia, bom caráter e sorte.
HM: A música instrumental, normalmente, é vinculada a "música pela arte", pois o retorno, financeiro, geralmente é muito pequeno. Que conselho você daria para músicos que pretendam se aventurar nesses caminhos?
HdM: Sua pergunta diz tudo! Bem, as pessoas decidem entre as seguintes opções: uma conta bancária cheia, sucesso de um a dez anos e esquecimento — a conta acaba; uma conta altamente flutuante, respeitado e admirado por uma elite durante muitos anos — a conta, também, acaba. Seja qual for a opção, depende de talento, simpatia, bom caráter e sorte.
"No mundo todo, estilos 'não populares'precisam de ajuda! (...) Não entendo como estilos 'populares', financeiramente independentes, conseguem verbas oficiais — eu acho injusto."
HM: Apesar
de ser mais conhecido pelo panorama nordestino em sua obra, você gravou uma série,
intitulada MPBaby, onde, em uma das edições, o foco é a viola caipira tradicional ao centro-oeste do Brasil. Como foi sua experiência durante a concepção desse projeto?
HdM: O Mpbaby é um projeto muito original e, quando fui convidado, a gravadora já estava com um catálogo interessante envolvendo outros artistas. A música sertaneja do sudeste e centro-oeste é muito fácil para um músico de estúdio como eu, pois tem melodias intuitivas e harmonias simples. A recomendação era que não houvesse nada mais agressivo, porque o CD era dedicado — como o nome denuncia — para grávidas e bêbês. Levando em conta que sou um pai de família e marido, sei do que eles falavam. Um detalhe interessante é que sentei em frente ao microfone e não conseguia parar de gravar! Só lá pela nona faixa me convenceram a tomar um cafézinho (risos).
HM: E experimentalismo na sua música? O que o futuro ainda reserva para a obra de Heraldo do Monte?
HdM: Quem ouviu algum de meus discos nota que sou 'muitos músicos' em um só. Posso garantir que sou sincero; todos eles sou eu e não personas criadas, separadas. Tocando instrumento de cordas, faz muito tempo que faço exercícios usando frases e acordes sem repetição de notas: é uma teoria chamada twelve tones — doze notas. Você esquece um pouco a intuição, e embaralha as notas da escala cromática (com saltos entre as cordas) sem, nunca, repetir — claro, enquanto não começa outro grupo de 12 notas. Escrevo, depois toco. Tocando, a gente nota que tem, sim, uma beleza estranha, exótica. Uso muito esse recurso em improvisos de um ou dois acordes, pra não ficar chato. Claro, com isso, você sai dos modos básicos da composição, para um viagem mais livre. Com harmonias cheias de acordes, é perigoso porque dá a impressão que você esta tocando tudo errado... Mas prefiro não usar em chorinhos, por exemplo. Schönberg, na cabeça! Com essas ferramentas, a música não tem limites. Nem a dos outros músicos, nem a minha.
"Meu sonho era ser um guitarrista de orquestra — apenas isso. Consegui esse objetivo nos estúdios de gravações em São Paulo, orquestras de bailes, orquestra da extinta TV Tupi, orquestra Jazz Sinfônica. Meu sonho só vai até aí. O 'resto' eu não entendo, não assimilo, não é real, para mim".
HM: Apesar de seu estilo
ser musicalmente bem complexo, seu setup – com as guitarras – me parece simples
e direto; no máximo, você utiliza chorus ou delay, creio. Como você enxerga a
questão dos efeitos na música e, especificamente, na guitarra?
HdM: Efeitos dependem do estilo. Como gosto de ter a liberdade de improvisar em acordes, se resolver na hora, não utilizo reforço no sinal – uso apenas ambiência. Os violonistas eruditos são puristas, em matéria de som. Por exemplo já li uma entrevista de um deles que dizia: "o som do violão perde a ressonância natural no percurso até chegar ao microfone". No mais, Reverb e delay¹ são efeitos desejáveis, se usados com parcimônia.
¹ Ambos os efeitos são, como Heraldo disse acima, de ambiência.
HM: Já faz alguns anos que você mora em São Paulo. Hoje em dia, como você vê os espaços oferecidos a músicos que tocam estilos “não populares”?
HdM: Bom, no mundo todo, estilos "não populares" precisam de ajuda. Por exemplo, orquestras sinfônicas geralmente precisam do Estado, aqui em São Paulo precisamos do Sesc, Banco do Brasil, Caixa Econômica, etc. Não entendo como estilos "populares", financeiramente independentes, conseguem verbas oficiais — eu acho injusto.
HM: E, especificamente, aqui em Pernambuco?
HdM: Em Pernambuco, os atrasos na paga dos cachês são conhecidos no Brasil inteiro! Recentemente, estive conversando com um colega que mora aí em Recife e soube de uma coisa que revela, em pleno século 21, um resquício de mentalidade do tempo dos coronéis e dos escravos: algumas pessoas se irritam quando você especifica seu cachê! Outras condições, então, nem pensar! (...) Espero que não pareça uma reclamação de um conterrâneo ingrato. É apenas uma defesa dos artistas que moram aí em Recife e são desrespeitados só por serem "da casa". Há, também, empresários legais, claro.
HM: Muitos músicos, das mais variadas vertentes, te consideram um verdadeiro mestre das seis cordas. Sabe-se até que Joe Pass (falecido guitarrista de jazz americano) te considerou o melhor do mundo. Afinal, o que você acha disso e de onde vem sua influência como guitarrista?
HdM: Muito cedo em minha vida, entre 15 e 16 anos, eu era um dos clarinetistas da orquestra da Escola Industrial de Pernambuco. Quando aprendi instrumentos de cordas, meu sonho era me tornar um guitarrista de orquestra — apenas isso. Consegui esse objetivo nos estúdios de gravações em São Paulo, orquestras de bailes, orquestra da extinta TV Tupi, orquestra Jazz Sinfônica. Meu sonho só vai até aí. O 'resto' eu não entendo, não assimilo, não é real, para mim.
"Esta é uma banda que tinha no Liceu, ao lado do teatro Santa Izabel, Recife. Eu sou o molequinho atrás do bombo, com um clarinete quase escondido no sovaco direito. Tinha uns 16 anos", conta Heraldo.
HM: Para encerrar, em sua obra, o que mais caracteriza, na maioria das vezes, é o diálogo entre jazz e a música nordestina. Qual o diferencial das músicas regionais do nordeste, na sua ótica, em relação as outras?
HdM: O que me fascina na música do nordeste do Brasil, particularmente a pernambucana , é a influência moura. Essa influência está presente no canto, na emissão de voz, dos repentistas e nos aboios. A viola matuta é um instrumento de afinação "temperada", ocidental, a escala teve que ser adaptada para (em dó maior, por exemplo) Dó, ré, mi, fá#, sol, lá, sib e dó — completando a oitava. No instrumento mouro, a divisão de comas é diferente. Quando a música é em tom menor, o modo dórico é indicado. Por exemplo, ouça "Vem morena", de Luiz Gonzaga. Já o jazz é um universo completamente diferente, as harmonias são sofisticadas, as frases vão se modificando e adaptando a cada mudança de acorde, etc. É uma música para músicos e apreciadores com ouvido acima da média. No caso dos repentistas, há
um perigo recente que é a influência de outras regiões do país. Bom,
como eles são gente do povo, intuitivos, precisam urgentemente de alguém
instruído (teoricamente) para prestar assistência — em alguma associação, por exemplo — visando manter o canto original.
HM: Bem, gostaria de agradecer pela simpatia e prestatividade. Espero ter outra oportunidade de te entrevistar e que sua carreira ainda renda frutos. Fica aqui um espaço para você deixar uma mensagem para fãs, admiradores e curiosos que, por acaso, leiam a entrevista.
HdM: Obrigado, Thiago Pimentel e as pessoas que leram esta entrevista. Vocês ficaram conhecendo mais um entre os milhares de músicos brasileiros espalhados por esse planeta, levando o nosso sotaque e nosso jeito de ser e sentir a vida e a música. Boa sorte à todos e um abraço.
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Bacana a entrevista.
ResponderExcluirTesouro vivo da musica mundial! Pena que relativamente poucos entendam o prestigio de conseguir uma entrevista dessas. Ótimo trabalho, Thiago. Pena que, como ele mesmo disse, os empresários locais são tão medíocres, e inviabilizam apresentações aqui, em sua própria terra. O que mereciam(ele e o quarteto novo todo, e nos merecíamos também, era uma grande solenidade, um evento de grandes proporções em homenagem a cultura nordestina!
ResponderExcluirMuito obrigado, cara!
ExcluirNão poderia concordar mais com a sua proposta. Apesar de existir reconhecimento, ele ainda é restrito a nichos, infelizmente. É triste que artistas como o Heraldo — apesar de valorizados, repito — sejam tão pouco prestigiados e conhecidos, como merecem, em sua terra natal. Veja bem, são mais de 50 anos de história na música — incluindo aí diversas contribuições e o próprio pioneirismo!
Chega a ser irônico perceber que gringos valorizem mais o Quarteto Novo que os próprios brasileiros, por exemplo. Infelizmente, a mídia não ajuda e isso se reflete diretamente na sociedade.
No mais, considerem esta matéria como mais um modesto "empurrazãozinho" e, também, uma homenagem ao grande Heraldo.
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Para quem desejar conhecer a música do Heraldo além do Quarteto Novo — partindo pra premissa que, até aqui, você já conheça o Quarteto, claro —, recomendo muito o primeiro disco auto-intitulado, de 1980, e o, não menos excelente, "Cordas Vivas", de 1983. Ambos são discos solos do Heraldo.
Além desses, esse álbum aqui também é uma ótima opção:
http://www.discosdobrasil.com.br/discosdobrasil/consulta/detalhe.php?Id_Disco=DI03620
Boa entrevista e,a cima de tudo, importantíssima a iniciativa de divulgar o trabalho de Eraldo. Pessoalmente, AINDA não conheço sua obra solo, mas sou fãzaõ do Quarteto Novo (que conheci indo atrás de Hermeto Pascoal, em quem cheguei por intermédio do jazz).
ExcluirFica aqui a dica p/ outras matérias (ñ necessariamente entrevistas): Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti (tocou na MIMO ano passado e eu perdi ¬¬) e Yamandu Costa.
Se alguém souber algum link p/ os discos "viola nordestina" e "guitarra brasileira", favor postar, pois não achei p/ baixar, nem p/ comprar em cd.
Excluir(e olhe que são justamente os mais recentes...)=